O excesso de burocracia e o alto temor dos brasileiros em assumir riscos quando o assunto é carreira e negócios são dois dos principais motivos para o modesto índice de inovação registrado no Brasil. A conclusão é de especialistas em inovação e empreendedorismo que se reuniram, nesta quinta-feira, 18, em São Paulo, durante o Primeiro Seminário Nacional de Incentivo à Inovação.
“Para criar uma empresa inovadora é preciso, antes de mais nada, abandonar seu emprego e abrir uma empresa”, disse Mory Gharib, vice-reitor do Instituto de Tecnologia da Califórnia, um dos palestrantes do Seminário. “Nos Estados Unidos, por exemplo, todos os anos as empresas investem 398 bilhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento ao passo que, no Brasil, esse volume é de apenas 24 bilhões de dólares”.
Segundo os especialistas, uma das medidas que poderiam acelerar a inovação no Brasil seria a diminuição dos entraves burocráticos para empreendedores e, ao mesmo tempo, uma mudança cultural que fomentasse o empreendedorismo entre os brasileiros.
A desburocratização é uma das principais medidas a serem tomadas pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa no prazo de um ano para simplificar a vida dos microempreendedores brasileiros. Para isso, o governo fortalecerá a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, – REDESIM – integrando os sistemas dos órgãos e dos governos. Segundo o ministro Afif, esta unificação dos procedimentos para abertura e fechamento vai reduzir a burocracia e o tempo de cada processo: “Com um sistema de janela única digital, ações da União, estados e municípios serão unificadas para que a abertura da empresa seja em até 3 dias”.
Fonte: Info Exame