A revista britânica The Economist publicou uma matéria sobre a expansão do sistema de metrôs no mundo, fazendo uma retrospectiva histórica sobre esse meio de transporte. Segundo o texto, quase 190 cidades ao redor do mundo hoje possuem linhas de metrô, sendo que os países em desenvolvimento apresentaram um crescimento acelerado de construção de novos sistemas e ampliação de linhas existentes. De acordo com a matéria, metrôs vêm sendo construídos até mesmo nos “locais mais improváveis” como Dubai, Meca e Kuwait.
Ao mencionar o Brasil nesta relação, porém, a revista faz um comentário nada lisonjeiro, classificando a rede de metrô das duas maiores metrópoles brasileiras (SP e RJ) como “inadequada” e comenta que o governo está investindo na criação de linhas em capitais como Salvador e Cuiabá. Para a “Economist”, algumas das razões apontadas como “maiores obstáculos” para a construção de metrôs nos países em desenvolvimento são as “burocracias lentas e corruptas” dos governos.
Para Afif, a declaração da Economist não está incorreta: “De fato, é uma vergonha o tamanho da nossa malha metroferroviária. O nosso sistema é totalmente inadequado para a demanda da população. A prova disso é que a cada linha nova que se cria, acaba operando com o dobro do previsto. E as burocracias são realmente lentas dentro dos governos, tanto é que em 40 anos SP só construiu 74 km de metrô.E agora é a hora de se dar o salto com as PPPs. A primeira delas é a Linha 6, que é paradigmática. Estamos até estudando fazer um road show em Londres, no dia 29, para levar os grandes fundos internacionais a investirem em nosso projetos de metrô”.
Fontes: Economist e Diário do Comércio