A Folha de São Paulo de hoje publica uma matéria sobre o resultado de uma pesquisa divulgada pela rede internacional de firmas de auditoria e contabilidade UHY, que analisou a carga tributária indireta sobre 16 produtos em 22 países. A análise mostra que o Brasil é campeão na tributação desta natureza em três itens de consumo: iPad (42,2%), energia elétrica (27,3%), e refeições em restaurantes (27,2%). O país também tem os maiores impostos indiretos em roupas infantis (27,2%) e o segundo lugar em vinhos (44,3%).
No valor total dos 16 produtos, os tributos alcançam 28,7%, colocando o Brasil em segundo lugar no ranking geral, onde perde apenas para a Índia, com 38%.
A tributação indireta é aquela que incide sobre o preço de bens e serviços, e não sobre a renda do contribuinte.
Para o Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária (IBPT), a carga tributária brasileira é ainda maior do que a divulgada pela UHY por não ter levado em conta os encargos incidentes sobre folha de pagamento e sobre os lucros das companhias que influenciam no preço final dos produtos.
O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior, disse à Folha que além de prejudicar o crescimento da economia, a tributação indireta é também injusta: “Ela incide independentemente da classe social. Pobres e ricos pagam o mesmo. Ao elevar o preço final do produto, o tributo elimina a possibilidade de muitos brasileiros consumirem, inibindo o círculo positivo de consumo e produção”, afirma.
Assinantes da Folha podem ler a matéria na íntegra neste link.