Em reunião realizada com o Conselho Gestor do Programa Estadual de PPPs, presidido por Guilherme Afif, as empresas Estação da Luz Participações e BTG Pactual Gestora de Recursos mostraram-se interessadas em executar o projeto do Trem Expresso Metropolitano (TEM), que compreenderá 431 quilômetros de trilhos ligando São Paulo – Jundiaí – Campinas; São Paulo – São Roque – Sorocaba; São Paulo – São José dos Campos; São Paulo — ABC – Santos. O investimento será feito por meio de PPP, com contrato de 35 anos, e chega a R$ 18,5 bilhões, sendo R$ 12,5 bilhões da iniciativa privada e R$ 6 bilhões suportados pelo poder público, em contrapartida.
O trem vai aproveitar trechos de linhas férreas já existentes, e terá como objetivo desafogar o tráfego das rodovias e beneficiar 63% da população do Estado, que se concentra nas regiões metropolitanas de São Paulo e nos municípios que serão cobertos pela rede. “Teremos um sistema unificado de transportes, com viagem rápida e confortável, que vai permitir que as pessoas morem nessas cidades e trabalhem em São Paulo”, diz Afif.
As tarifas do transporte devem concorrer com as de ônibus. A previsão é que sejam cobrados R$ 15 em uma viagem de 50 minutos, barateando os custos para os usuários e reduzindo o tempo de viagem.
De acordo com Afif, o projeto do TEM não conflita com o trem de alta velocidade (TAV), que também vai atender cidades como Campinas e São José dos Campos. “Os dois trens se complementam. O regional levará passageiros para o trem-bala e eles poderão dividir estações, que funcionarão como hubs [centro de distribuição de passageiros]. Neste projeto, estamos trabalhando em conjunto com a EPL [Empresa de Planejamento e Logística]”, diz.
Em Santos, o trem regional prevê ainda integração com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que vai ligar as cidades do litoral sul paulista, e terá um sistema especial para evitar a construção de túneis, que é mais cara.
Assim como o trem-bala, Afif ressalta que os trens regionais preveem no entorno das estações exploração de centros comerciais, estacionamentos e terminais de ônibus, que devem contribuir para o retorno financeiro do empreendimento.
O governo de São Paulo prevê que os primeiros trechos estejam em operação em 2016 e os últimos em 2020.
Fonte: Valor Econômico