A edição 2012 do estudo Doing Business, do Banco Mundial, mostra que o Brasil está em 130º lugar no quesito “Ambiente de Negócios”, entre 185 países pesquisados, devido à estrutura fiscal e burocrática que afeta a atividade empresarial. O mesmo estudo revela que, com relação à carga tributária, o Brasil passou da 148ª para a 150ª posição em um ano.
Este cenário foi o ponto de partida para o tema abordado por Afif no 1º Congresso Brasileiro de Governança e Planejamento Tributário, nesta sexta-feira, em Curitiba. Em sua palestra “O papel do Governo brasileiro no incentivo à adoção de boas práticas de Governança Tributária nas empresas”, Afif chamou a atenção para a tributação e a burocracia que prejudicam o ambiente de negócios no Brasil, gerando informalidade, custos econômicos e sociais.
Afif ressaltou a importância da realização do congresso, pela relevância do tema, visto que a incidência de impostos pode atingir mais de 50% da receita de muitas empresas. “Uma administração eficiente e inteligente da tributação, pode, muitas vezes, determinar a diferença entre o lucro e o prejuízo do negócio”, destacou.
Respondendo ao tema que lhe foi proposto, sobre o papel do governo no incentivo das boas práticas tributárias, Afif declarou que o primeiro passo seria o governo passar a considerar o empresário e a empresa como parceiros a serem estimulados e apoiados: “É necessário mudar esta mentalidade. Embora o papel do governo seja importante para a economia, cumprindo com eficiência suas funções nas áreas de educação, saúde, saneamento, segurança e infraestrutura, o que o Brasil mais precisa é estimular o espírito empresarial, criando instituições favoráveis, pois é o setor privado quem pode conduzir o país ao desenvolvimento”, concluiu.