Um relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre a cesta básica em 17 capitais brasileiras mostra que o preço dos produtos aumentou em nove cidades. Recife, Manaus e Fortaleza registraram a maior alta.
De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta segunda-feira, o valor mais alto é o de São Paulo (R$ 311,55), seguido por Porto Alegre, onde os produtos de primeira necessidade custam R$ 305,72.
Não fosse a alta carga tributária brasileira, estes valores teriam uma redução considerável. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, os alimentos da cesta básica têm, pelo menos, seis impostos embutidos no preço: PIS, Cofins, ICMS, IPI, contribuição previdenciária, imposto de renda e contribuição social sobre o lucro. A média da carga tributária nacional embutida nos preços dos alimentos atinge 18,35%, e a tributação se torna ainda mais perversa se for observado que o brasileiro gasta, em média, 30,8% da renda familiar com a compra de alimentos.
O problema da cobrança abusiva já é antigo e Afif luta, desde o início de sua trajetória política e empresarial, pela transparência na arrecadação tributária. Atualmente ele batalha pelo projeto que incentiva a regulamentação da lei para que os impostos embutidos nos produtos sejam informados nas notas fiscais. O texto já foi aprovado no Senado e aguarda votação na Câmara.