Diante do entrave que a alta carga de impostos representa para a realização de negócios e para a competitividade do Brasil, a reforma tributária voltou ao debate como questão prioritária quando o assunto é o desenvolvimento do país. A principal discordância está na forma como as mudanças devem ocorrer. O governo federal já deu início às mudanças de forma “fatiada”, enquanto alguns especialistas defendem uma reforma ampla, com alteração na Constituição.
Para Afif, uma solução “fatiada” não é uma reforma, e sim um remendo: “O nosso sistema é tão remendado que vaza por todos os lados, e cria um verdadeiro caos para administrá-lo. Hoje o dispêndio de administração tributária de uma empresa é de quase 4% sobre o custo. Uma empresa média não tem condição de arcar com isso. O que está sendo feito, atende ao interesse dos entes federativos, e não do contribuinte. Falta uma visão de benefício da sociedade para tirar o peso das costas de quem produz. A reforma tributária precisa ser ampla, e isso só pode ser feito com uma constituinte exclusiva, como todas as outras reformas, e jamais com essa estrutura de congresso”.