Editorial do jornal O Globo desta quinta-feira comenta a escassez de mão de obra qualificada para preenchimento de 150 mil postos de trabalho abertos no Rio de Janeiro.
A estimativa da pesquisa mensal de emprego do IBGE é que existam cerca de 150 mil pessoas em idade ativa que não estão trabalhando, embora o mercado tenha aproximadamente o mesmo número de vagas em aberto.
Segundo levantamento do movimento Rio Como Vamos, a comparação entre o primeiro trimestre de 2011 e 2012 mostra um retrocesso na participação dos jovens no mercado de trabalho. Nesse período, 3,5 mil deles estavam desempregados.
Hoje este é um problema de todos os estados brasileiros. Quando era secretário do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, em 2007, a sobra de vagas e falta de trabalhadores por inexistência de mão de obra qualificada fez com que Afif investisse na qualificação profissional da população através do Programa Estadual de Qualificação Profissional (PEQ), com cursos gratuitos e focados no reforço do ensino básico. Promovendo uma revolução na capacitação profissional, ele sintonizou os cursos com as reais necessidades do mercado: “Os cursos foram definidos de acordo com os segmentos com maior demanda e atendem cidadãos desempregados de 30 a 59 anos, que estão no auge da capacidade produtiva, têm grandes responsabilidades familiares e menos chance de voltarem para a escola”, diz ele.