Se a data da Independência é hoje comemorada no Brasil no dia 7 de setembro, nem sempre foi assim. Pesquisadores demonstram que a data não foi considerada, de início, particularmente relevante como marco simbólico da formação da nação.
Até o final da década de 1820, o 12 de outubro – aniversário do imperador e comemoração de sua aclamação em 1822 – era a data-símbolo da emancipação. Foram necessárias muitas décadas para que o episódio do “Grito do Ipiranga” adquirisse o status histórico que possui hoje.
Jornais da época não traziam qualquer menção à data de 7 de setembro. Um dos veículos chegou a declarar o dia 1º de agosto como marco da independência, referindo-se à data em que o príncipe enviou o Manifesto às Províncias do Brasil, no qual se desobrigava de obedecer às ordens das Cortes de Lisboa. Foi apenas em 1831 que o 7 de setembro foi reconhecido como o feriado nacional mais importante do Brasil.
Parte desta história pode ser conferida no acervo permanente do Museu do Ipiranga. Lá também existe uma cripta onde foi construída a Capela Imperial, que hoje abriga os restos mortais de D. Pedro I e da imperatriz D. Leopoldina. Os despojos de D. Pedro I foram trasladados do Panteão dos Bragança, Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, para o Brasil apenas no ano de 1972, por ocasião do Sesquicentenário da Independência.
Fontes: Café História, Revista USP e revista História Viva