Ousar para inovar

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A energia e os sonhos de um empreendedor

Fotógrafo: Renata Castello Branco

Ousar para inovar. Essa é a frase que melhor define Guilherme Afif Domingos.

Seu nome se tornou nacionalmente conhecido nas eleições presidenciais de 1989, quando Afif surpreendeu a todos pela expressiva votação que recebeu. A explicação para isso: a coerência, originalidade e firmeza de suas propostas.

Mas a trajetória política de Afif não começou aí. Foram a vivência empresarial e a experiência à frente do centro acadêmico que formaram seus valores e princípios, proporcionando a ele o respaldo necessário, tempos depois, para consolidar sua carreira política.

Nos anos 60, na faculdade de administração, Guilherme Afif organizava, na capital paulista, animados bailes de calouros ao som da orquestra de Dick Farney – até hoje um de seus cantores prediletos.

Na época, Afif já mostrava desenvoltura na mídia e na sociedade. Começava a aflorar a sua vocação natural para articular, liderar, discursar, mobilizar – atributos que se tornaram, ao longo de sua carreira, uma marca registrada.

Um olhar sobre São Paulo

Nascido na cidade de São Paulo em 1943, Afif viveu no município de Casa Branca – interior paulista – até os sete anos de idade, quando se mudou para a capital por conta dos negócios do pai – uma pequena indústria de tecidos.

Descendente de libaneses e italianos, Afif é cosmopolita. Gosta do movimento da metrópole e do que ela tem a oferecer. É um atento observador das transformações sofridas pela cidade de São Paulo ao longo do tempo e não deixa de opinar sobre os problemas que a cercam.

No Governo de São Paulo, Afif se dedicou à busca de soluções para melhorar o dia a dia das pessoas: presidiu o Conselho Gestor do Programa Estadual das Parcerias Público-Privadas (PPPs), realizando parcerias com empresas para alavancar investimentos nas áreas de saneamento, transporte e habitação, entre outras.

Era uma vez…

Em seus poucos momentos de folga, Afif gosta de ficar com a família. Na companhia dos netos, assume o volante de sua van e se refugia no campo, na cidade de Serra Negra. No churrasco em família, pilota a churrasqueira.

Para quem não sabe, Afif é um exímio contador de histórias.

Em suas palestras, ele costuma compartilhar episódios engraçados de seu vasto repertório.

Agir para transformar

Quando a pauta é trabalho, o Afif sereno e descontraído do ambiente familiar abre espaço para um homem dinâmico, que tem apreço por criar, produzir, inovar.

Guilherme Afif elaborou o parágrafo quinto do Artigo 150 da Constituição, exigindo que nas notas fiscais dos produtos sejam informados os impostos embutidos. A iniciativa, de extrema importância para os consumidores, foi aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. A nova regra passou a valer em junho de 2013.

Afif é o grande responsável pela mobilização em favor das pequenas empresas no País.

O movimento começou em 1980 quando, presidindo o Banco de Desenvolvimento do Estado de São Paulo (BADESP), Afif promoveu os primeiros congressos para debater sobre as micro e pequenas empresas.

Quatro anos depois, na Associação Comercial de São Paulo, mobilizou o Brasil pelo Estatuto da Micro e Pequena Empresa – embrião do Simples (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos), que hoje facilita a vida de milhões de pequenos empresários brasileiros.

O Simples estava previsto no artigo 179 da Constituição, de autoria de Afif quando deputado constituinte, e foi aprovado em 1996, quando ele presidia o Conselho do Sebrae.

Afif também é idealizador do Microempreendedor Individual (MEI), que legaliza o trabalho de quem está na informalidade.

O Impostômetro, painel instalado no centro da capital paulista que informa o montante de impostos pagos pelos contribuintes, é outra inovação de Afif, quando presidia a Associação Comercial de São Paulo.

Construindo ideias

Guilherme Afif teve importante papel na criação do Partido Social Democrático (PSD) com o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Como presidente do Espaço Democrático – centro de estudos e formação política do PSD – coordena a elaboração do programa do partido.

O cidadão

Hoje, as bandeiras de Afif são as mesmas defendidas por ele sempre. À frente da Associação Comercial de São Paulo, BADESP, Conselho do Sebrae e Secretarias da Agricultura, do Emprego e de Desenvolvimento Econômico, Afif colocou em prática suas propostas e contribuiu para melhorar a vida de todos.

Paulista, empresário, político, líder, amigo, pai de família, formulador de ideias. Guilherme Afif Domingos conquistou respeito e admiração por seu trabalho, sua postura ética e seus princípios. Aos 75 anos, continua aberto a novos desafios. Experiente, sabe o valor das lições tiradas em cada episódio de sua história e segue exercendo na vida seu papel principal: o de cidadão brasileiro.

9 comentários para “Ousar para inovar”

  1. Convivi profissionalmente com Guilherme desde o Badesp ate sua primeira gestão na Associaçãoc Comercial de São Paulo.
    Falta nesse perfil indicar uma qualidade tão rara hoje entre os politicos e que em Afif sobra , a integridade.

  2. Paraiba Convention e Visitors Bureau disse:

    Prezado Guilherme Afif

    Nós do Paraiba Convention e Visitors Bureau ,desejamos todo sucesso nesta nova caminhada pelo o empreendedorismo do Brasil a frente do ministerio.
    Abraços

    Antonio de Oliveira Jatoba
    Presidente do Convention e Visitors Bureau

  3. LUIZ DIAS MOREIRA disse:

    gostaria de receber um email p contato do Sr. Gulherme Afif Domingos, ou de seus assessores, grato.

    • manutencao disse:

      Prezado Luiz Paulo,
      Obrigada. Sua mensagem foi encaminhada para o Espaço Democrático, que é a Fundação de Estudos e Formação Política do PSD, que deverá fazer contato com o senhor, oportunamente.
      Atenciosamente

  4. Prezado brasileiro Guilherme Afif Domingos,

    Sou sua fã, admiradora e torcedora por sua agenda de microrevolução pela liberdade responsável e sustentável do microempreendedor individual, do Simples e do Estatuto da micro e pequena empresa.

    Assisti ao vídeo publicado no site http://www.brasil.gov.br e fiquei desesperada buscando email para expressar minha emoção ao assistir sua fala: são 8 milhões de micro e pequenas empresas, a cada um emprego que possam gerar, são 8 milhões de empregos. Falam muito de Pib para cá e para lá, mas os modelos enfatizam apenas a grande empresa que é altamente organizada e estruturada para exigir compensações para seus investimentos. Ao contrário da micro e pequena, que com um pequeno apoio transforma um país. Que lindo, quero te dar um abraço fraternal e dizer que pode contar comigo nessa jornada pois atuo com formação de políticas em culturas e educação em desenvolvimento sustentável e com governança e políticas multiatores em desenvolvimento sustentável.

    Já te acompanho desde quando fiz o doutorado em 1998 a 2002 quando contribui para o corpo de conhecimento em responsabilidade social empresarial e hoje me sinto cumprindo missão nesse campo. Para me contactar, é fácil, é só enviar email.

    Sucesso, luz, coragem, paciência, como água que contorna e vento que renova consciências e rearruma o que está parado no tempo.

    Estou ao seu lado e da Presidenta Dilma, que tanto admiro também, mulher iansá, mãe generosa, corajosa, econômica e guerreira. Aliás, algo comum em minha família.

    Abraços
    Patricia

    ​Att.

    Patricia Almeida Ashley
    Professora de Políticas em Responsabilidade Social, Governança e Desenvolvimento Sustentável
    CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/4561821653031517
    Rede EConsCiencia e Ecopolíticas – http://www.econsciencia.uff.br
    Programa de Extensão Ecocidades: http://www.ecocidades.uff.br
    International Policy and Research Network on Territories of Social Responsibility (INTSR): http://www.intsr.uff.br
    Latest book: Territories of Social Responsibility: Opening the Research and Policy Agenda (Ashley and Crowther, Editors, Gower Publishing Ltd.)
    ——

    Departamento de Análise Geoambiental – Instituto de Geociências
    Universidade Federal Fluminense – Niteroi – Rio de Janeiro – Brasil

  5. Caro Afif. Recorro a você visto sua atuação na Sec Especial da Micro e Pequena Empresa (cujo site encontra-se desativado). Assunto: MEI. Trabalhamos com o mercado de comunicação, mais precisamente audiovisual e fotografia. Este mercado é liderado basicamente por empresas de serviços de pequeno porte, Simples, e que trabalham por projeto ou empreitada. A maioria não dispõe de recursos para manter em seu quadro de funcionários, de forma fixa uma lista grande de profissionais que são usados apenas em determinadas ocasiões, ditadas pelo tipo de serviço realizado. Por exemplo: um motorista ou maquiador não são usado todos os dias. O maquiador somente será contratado quando houver uma foto ou gravação de entrevista. Há pouco tempo este mercado comemorou a introdução do MEI, que veio “resolver” de fato a informalidade deste mercado de prestação de serviços. Muitos profissionais independentes, individuais, que prestam serviços a diversas empresas de produção de foto ou vídeo optaram por se formalizar através do MEI. Agora, temos a notícia de que a Receita Federal “interpretou” a lei e está obrigando as empresas que contratam prestadores de serviço via MEI a recolherem o CPP (contibuição patronal). O impacto disso está atingindo diretamente este mercado!! Empresas estão desde já se negando a receber as notas fiscais MEI devido a esta contribuição, que como anunciado pela Receita Federal, pode ser inclusive RETROATIVO. Nós, que contratamos alguns serviços profissionais eventualmente, de acordo com a nossa necessidade, estamos obrigados a recolher o CPP e ainda regularizar a situação de forma retroativa. Entendemos que esta decisão é altamente impopular. teremos que fechar as portas da nossa empresa se isso ocorrer, pois tomamos decisões baseadas na lei que estava em vigor. Gostaríamos de saber como é possível agir e defender a manutenção da MEI como prestação de serviços independentes, sem a necessidade de recolhimento do CPP. O que podemos fazer para reverter esse quadro? Se isso se confirmar, dezenas de profissionais que optaram pelo MEI vão pedir baixa de suas empresas e retornar ao mercado informal, o que seria uma perda lamentável para a economia. Aguardo uma resposta. Att, Lissandro Stallivieri, jornalista, empresário e produtor de cinema.

    • manutencao disse:

      Lissandro, obrigado pela mensagem. Estou acompanhando o problema relatado por você desde a edição do entendimento sobre o assunto pela Receita Federal. A solução foi incluída no texto do Projeto de Lei 60/2014, aprovado ontem no Senado e que segue para sanção da Presidenta. Foi feita alteração na Lei Geral das MPE para excluir a tributação dos tomadores de serviços do MEI, com efeitos retroativos a 9 de fevereiro de 2012. Vamos agora trabalhar pela sanção integral do texto. Grande abraço.

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