Pesquisa encomendada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) em todas as capitais brasileiras revela que metade (49%) dos trabalhadores ilegais não sabe sequer o que fazer para regularizar o próprio negócio. O estudo revela que 46% dos trabalhadores informais nunca ouviu falar, por exemplo, sobre o Microempreendedor Individual (46%).
Quando perguntados sobre as principais razões para se manterem na ilegalidade, as respostas mais frequentes são o alto custo e a burocracia para o processo. Na avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, isso só reforça o dado de que eles realmente desconhecem as ferramentas de regularização. “Na maior parte dos casos, o custo inicial para ter um negócio registrado é praticamente zero e o trabalhador pode iniciar o cadastro pela internet. Ou seja, existe um desconhecimento, apesar das excelentes ferramentas oferecidas pelo governo”, explica.
A pesquisa revela que três em cada cinco (61%) trabalhadores informais pretendem fazer investimentos no próprio negócio este ano. No entanto, 75% afirma que para isso vai ter que colocar a mão no próprio bolso, enquanto que apenas 14% vai recorrer a bancos ou financeiras.
Ao se manter na clandestinidade, o trabalhador informal não consegue crédito em instituições financeiras e perde a oportunidade de ampliar o próprio negócio, além de deixar de ter acesso a benefícios como direito à aposentadoria, auxílio maternidade, emissão de nota fiscal ou possibilidade de ter funcionários registrados.
Para o SPC, o estudo mostra a necessidade de intensificar o trabalho de esclarecimento junto a esses trabalhadores informais. Representantes das entidades responsáveis pela pesquisa vão apresentar os resultados ao governo para debaterem maneiras de ampliar o acesso às informações sobre as ferramentas disponíveis para formalização.
Fonte: Assessoria de Imprensa da CNDL e SPC Brasil