Simples é a melhor reforma tributária, diz Dilma

18 de setembro de 2014
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Em reunião com empresários da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), a presidente Dilma Rousseff voltou a dizer que não muda direitos trabalhistas. “Mudanças na legislação não podem ser feitas extraindo direitos. Não se tira 13º (salário), férias, horas extras, nem que a vaca tussa. Desculpe a expressão”, disse a candidata do PT, que tenta a reeleição em outubro.

A presidente disse que em novembro vai enviar proposta para o Congresso criando uma “rampa” para os empresários. “Eu assumi o compromisso de criar uma rampa de transição, um Simples de transição”.

Dilma ressaltou que a melhor reforma tributária já realizada foi a criação do Simples. “Sempre lutamos por uma reforma tributária e a estamos fazendo com os micro e pequenos empresários”.

A presidente também se comprometeu em reduzir a burocracia, para que o tempo necessário para abertura e fechamento de empresas seja de até cinco dias.

A presidente da Associação Comercial de Campinas, Adriana Flosi, elogiou as políticas adotadas pelo governo Dilma. Ela é candidata a deputada estadual, e seu vice, o deputado federal Guilherme Campos, tenta se reeleger à Câmara.

Ambos são do PSD, partido que nacionalmente está aliado a Dilma, mas é adversário do PT em São Paulo, onde apoia Paulo Skaf (PMDB) para governador de São Paulo.

Andar de baixo – O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos (PSD), participou do encontro e defendeu a política econômica do governo Dilma, ao afirmar que ela “é a presidente que mais entende sobre o andar de baixo da economia”. Dilma fez uma longa defesa das micro e pequenas empresas e afirmou que o segmento é o “alicerce do andar de baixo, mas que segura toda a arquitetura do andar de cima”.

ONU – Ela também aproveitou a ocasião para comemorar os dados divulgados na terça-feira pela FAO (agência da Organização das Nações Unidas para agricultura e alimentação), que coloca o País entre as nações que superaram o problema da fome. Segundo o relatório de insegurança alimentar no mundo, o Brasil tem 1,7% da sua população com um consumo diário abaixo de 2.200 calorias, o que corresponde a um total de 3,4 milhões de brasileiros.

Ao receber uma mensagem escrita por uma criança que estava na plateia, a presidente disse que ganhava um “bilhete do futuro”. “É para eles e para elas que nós governamos este País.” Um pouco antes da fala, Dilma fez uma caminhada pelo Centro de Campinas.

Ainda na sede da associação, Dilma também se encontrou com um grupo de intelectuais da Unicamp, entre eles o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o cineasta Renato Tapajós, o físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite e o biólogo Mohamed Habbib.

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