Empresários investem em startup de comida congelada saudável

28 de setembro de 2016
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destaque_mpeAs startups são empresas iniciantes que têm soluções ou produtos inovadores para o consumidor. Os empresários Victor Santos e Henrique Castellani decidiram investir em comida congelada saudável e com sabor.

Mas, a maioria absoluta dos empreendedores sempre diz que o recurso dá muito trabalho. Por isso, o PEGN criou um guia que explica detalhadamente como funciona a startup.

Os empresários Victor Santos e Henrique Castellani decidiram investir em comida congelada saudável e com sabor. “Quando a gente começou o projeto eram realmente dois engenheiros que iam fazer comida”, diz Santos.

Todo empreendedor iniciante tem no início uma ideia. A partir daí, começa um caminho que praticamente todas as startups seguem, como em um jogo de tabuleiro. É um roteiro complicado e que, geralmente, requer muita capacidade de adaptação.

O primeiro passo é avaliar a ideia. No caso dos empresários, a ideia é um
e-commerce de congelados saborosos e que cabem no bolso.

“Quando a gente está falando de startup é fundamental que tenha dois elementos básicos: inovação e crescimento rápido. Se a empresa não é inovadora ou não tem capacidade de crescer de forma acelerada, ela é simplesmente mais uma empresa”, alerta o consultor Fred Pacheco.

O próximo passo é testar a ideia. Chamar pessoas de confiança para opinar sobre o negócio. “Para ver se aquilo é viável, se a ideia vai se manter de pé e a empresa vai funcionar caso eu consiga ter aquele produto pronto”, explica Pacheco.

O terceiro passo é preparar o plano de negócio. Como o empreendedor irá se estruturar para dar lucro e se o negócio faz sentido economicamente. Neste ponto o jogo ganha complexidade.

“Duas coisas sobre o plano de negócios: a primeira é que nenhum plano de negócios resiste ao primeiro cliente. Ao mesmo tempo ele sempre diz que você precisa de um plano de negócio”, esclarece o consultor.

Os empresários já tinham o plano de negócio estruturado quando deram o quarto passo: a captação do investimento. Mas, não deu certo.

“Aa gente tinha o objetivo de captar 2 milhões e meio. O momento econômico foi extremamente ruim. A gente teve que cancelar essa captação.” Victor Santos Empresário

Nesse caso, foi preciso rever o planejamento. Para usar um termo bem tecnológico, foi necessário ‘pivotar’ ou ‘recalibrar’ a direção do empreendimento e refazer o plano de negócios.

“Não é uma questão de sair do jogo, apenas de retrabalhar esse modelo de negócio”, diz Pacheco.

Os empresários conseguiram cerca de R$ 600 mil com família e conhecidos. “A redução de investimento foi extremamente difícil, mas também trouxe uma preocupação nossa com a operação em investir com o que fosse essencial muito grande”, explica Santos.

Eles dizem que o segredo do empreendimento está nos equipamentos. “No congelamento tradicional existe um impacto na estrutura celular do alimento, que prejudica a textura, a consistência. Com o ultra congelamento, isso não acontece,” explica Santos.

Mas, é preciso cuidado para montar a equipe. “Nesse momento eu preciso contratar a equipe básica. O quê que eu preciso para fazer meu primeiro protótipo”, alerta Pacheco.

Esse passo leva o empresário ao Mínimo Produto Viável – MPV, uma versão simples para o empreendedor saber se a ideia dará certo.

“É muito comum nesse momento a gente perceber que não é viável produzir do jeito que a gente pensou. Fica muito caro fazer o produto com todas as especificações que a gente criou ou, mais importante, no momento que eu testo o MVP com o cliente, vem muitos feedbacks. Eu tenho que repensá-lo da maneira que é melhor para o público alvo. Talvez com menos funcionalidades, talvez com menor custo”, diz Pacheco.

“A gente fez alguns testes com um produto congelado e levou para familiares, para amigos e para potenciais investidores. A reação das pessoas foi extremamente positiva com a qualidade do produto”, diz Santos.

Se o empresário deu sorte com os testes, é momento de estruturar a equipe definitivamente. Então, chega o grande final: o lançamento do produto. Os congelados começaram a ser vendidos em março. A expectativa é faturar R$ 1 milhão até o final do ano.

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Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

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