Empresárias lucram com projetos sociais

25 de abril de 2014
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As empresárias Marianne Costa e Mariana Madureira resolveram transformar a promoção de projetos sociais em comunidades carentes em um negócio lucrativo. As duas criaram a empresa Raízes Desenvolvimento Sustentável e desenvolvem atividades que valorizam o turismo e o artesanato local, além de ajudar na educação profissional da população. Elas não revelam o faturamento, mas afirmam que o negócio cresceu 110% de 2012 para 2013.  A empresa, que tem escritórios em São Paulo (SP) e em Belo Horizonte (MG), desenvolve projetos tanto para governos como para empresas.

O governo de Alagoas, por exemplo, solicitou a dinamização do turismo no baixo São Francisco, na divisa entre os Estados de Sergipe e Alagoas. As empresárias treinaram moradores, artesãos e comerciantes para atender aos turistas que vão ao local conhecer os cânions do Rio São Francisco.

Entre as ações que Costa e Madureira realizaram para empresas está o projeto Arara Azul, da Fundação Toyota, em que a Raízes desenvolveu uma ação para garantir outras fontes de renda, como doação de material e captação de outros patrocinadores, e, assim, manter a iniciativa viável. O projeto estuda a arara-azul e ajuda a conservá-la em seu ambiente natural.

“A Raízes nasceu para gerar lucro e o desenvolvimento social. Abrimos a empresa logo depois que nos formamos, em 2006, porque percebemos que não nos encaixávamos no mercado tradicional. Queríamos ter uma atuação mais próxima das comunidades”, diz. As duas são formadas em turismo e o investimento inicial para o negócio foi de R$ 35 mil.

Além do trabalho que realiza para governos e empresas, a Raízes Desenvolvimento Sustentável possui um projeto independente, o “Do Barro à Arte”, que leva turistas para conhecer artesãs do Vale do Jequitinhonha, nas cidades de Diamantina, Campo Buriti, Campo Alegre e Minas Novas, no Estado de Minas Gerais.

O visitante se hospeda e faz as refeições na casa das artesãs e participa de todo o ciclo de produção da cerâmica, desde a retirada do barro até o acabamento da peça.

Ele também pode acompanhar a vida da comunidade. O passeio é feito em grupos de dez a 14 pessoas, dura de quatro a seis dias e custa de R$ 2.000 a R$ 2.500 (não inclui passagem aérea até Belo Horizonte). “Oferecemos o turismo de experiência, que é vivenciar o dia a dia da comunidade local”, diz Costa.

Ela afirma que, por grupo, são gerados cerca de R$ 15 mil de renda para a comunidade. “É um número positivo, principalmente em um local em que a renda familiar média é de um salário mínimo”, declara.

Fonte : UOL

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