Empreendedorismo desabrocha no Cariri

4 de junho de 2013
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CEARÁ – Oportunidade. Essa é a palavra que norteia a criação de várias iniciativas empreendedoras em todo o País. E quando as ações envolvem também a dedicação, persistência e a ousadia, somadas as habilidades e competências, os projetos, que muitas vezes nascem pequenos, tornam-se importantes para o crescimento econômico e desenvolvimento social do meio onde ele é aplicado. Atualmente, o Ceará é considerado uma das unidades da Federação com maior número de empreendedores.

De acordo com os dados do Serviço de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário (Sebrae), que acompanha o progresso dos territórios por regiões, o estudo aponta que até o último mês de março existiam 91.859 novos investidores no Estado. A quantia é relevante e mostra as potencialidades e demandas que estão sendo descobertas. Mas, ainda há um percentual muito alto de pessoas trabalhando na informalidade.

Trabalho árduo

A iniciativa de criar algo novo não é uma tarefa fácil. Os riscos são muitos e segundo os especialistas devem ser previstos e calculados. Relacionada diretamente às modificações dos produtos e serviços, a busca por fazer algo inovador ou diferente do que já é feito deve resultar na possibilidade de geração de renda e trabalho, além de outros investimentos. Na região do Cariri, um dos grandes incentivadores da cultura do empreendedorismo é o Sebrae. A instituição oferece o suporte necessário para a abertura de uma empresa, informa e presta consultorias afim de solucionar pequenos problemas dos negociantes. Através do programa Microempreendedor Individual (MEI), apenas no ano passado foram formalizadas aproximadamente três mil empresas.

No momento, já são mais de 723 novos estabelecimentos. Ao todo, são mais de sete mil comerciantes e prestadores de serviço deste porte. Os segmentos de maior destaque no crescimento de formalizações são os de beleza e estética, seguidos pelo comércio varejista de artigos de vestuário e mercearias.

No setor de empreendedorismo, o modo de liderança é essencial para a obtenção do êxito nas atividades. De acordo com o gestor de projetos do Sebrae, Iomar Batista dos Santos, para quem deseja seguir essa carreira e alcançar sucesso nos negócios, além das boas ideias e autoconfiança, é necessário ter conhecimentos prévios sobre o segmento a ser explorado.

“A gente recomenda que as pessoas que desejam empreender tenham informações sobre a atividade que vão atuar. Elas necessitam visitar empresas do segmento, conversar com os consumidores e fornecedores”, recomenda. Ele afirma ainda que prestar muita atenção e tentar absorver ao máximo as dicas de quem já está no mercado pode ser um bom início.

Orientação técnica

No Cariri, o Sebrae tem orientado as pessoas que visam empreender em algum ramo da economia. Devido às fortes tendências de crescimento do setor de comércio e serviços, que hoje é um dos que mais empregam na região, o órgão atua orientando empresas, onde presta consultorias nas áreas gerenciais e de tecnologias. Através do projeto Agente Local de Inovação acompanha o desenvolvimento da cadeia do turismo, que é uma atividade ainda pouco explorada. Por meio de diagnósticos, os técnicos levantam as carências a respeito das gestões e melhorias de tudo que as empresas dispõem aos seus clientes. Para fortalecer o agronegócio, fonte de renda de diversas famílias, a instituição prepara ações voltadas para a zona rural, onde leva conhecimentos sobre a alta da produtividade, além de elaborar estratégias empresariais para a administrações com qualidades financeiras, planejamento e inovação.

Para incentivar a formação de novos projetos, em Juazeiro do Norte, recentemente foi realizada uma Feira Nacional do Empreendedorismo (FNE), do Centro Brasileiro do Cursos (Cebrac). O evento foi criado com o objetivo de levar aos alunos, a oportunidade de desenvolverem suas habilidades empreendedoras. A iniciativa apresentou soluções que atendiam aos conceitos de sustentabilidade, lucratividade, inovação, criatividade e responsabilidade social, planejadas pelas empresas fictícias.

No Brasil, ainda na década de 90, o tema do empreendedorismo se tornou popular e sua ascensão foi paralela ao processo de privatização das grandes estatais e abertura do mercado interno para concorrência internacional. Na atualidade, diversas empresas enxergam a necessidade de contratar funcionários que tenham um perfil de empreendedor, já que os profissionais com essa característica, geralmente, propõem ideias visionárias e inovadoras que contribuem para as mudanças e adequações das organizações ao mercado.

O custo para quem quer se formalizar como empreendedor individual é baixo. A contribuição mensal é de apenas R$ 31,10 para a previdência, o que representa o mesmo que 5% do salário mínimo atual, R$ 1,00 fixo por mês de imposto estadual, se a atividade for comercial ou industrial e R$ 5,00 para o município, em casos de haver prestação de serviços.

Fonte: Diário do Nordeste

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