Convenção Nacional do PSD

25 de junho de 2014
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Eu vou contar uma história que aconteceu quando tive meu primeiro contato com a presidenta Dilma. Ela acabara de adotar uma medida corajosa na melhoria das condições do MEI (Micro Empreendedor Individual). Com coragem, ela baixou a contribuição, porque ela queria uma formalização maciça de todos os informais do Brasil.

Eu vi naquela medida uma coragem pessoal que enfrentou uma oposição muito grande daqueles que falam: vai perder receita. Mas ela falou – “não, nós vamos ganhar receita, nós vamos formalizar essas pessoas.”

Uma atitude de coragem. E eu escrevi um artigo, como vice-governador de São Paulo para a presidente da República, cumprimentando-a pela coragem de assumir posições. E naquele dia recebo, para a minha felicidade, um telefonema da presidenta da República dizendo o seguinte:

– “Doutor Afif, o senhor me autoriza a usar a expressão “classe batalhadora” para expressar o micro e pequeno empresário?”

E eu falei: pelo amor de Deus, senhora presidente, quem sou eu para não autorizar. É lógico! Isso é uma identificação de princípios e de propósitos, e nós estamos muito firmes nisso. E daí para a frente vocês conhecem a história. Enfrentando todas as dificuldades, eu acreditei na nossa comandante. E ela me deu a oportunidade. Primeiro, de ter a coragem de criar um ministério voltado à grande maioria dos pequenos batalhadores do nosso país; e eu tive o orgulho de ser convidado e aceitei o desafio de trabalhar lado a lado da senhora, defendendo essa imensa classe batalhadora no Brasil.

Portanto, o Gilberto (Kassab), nosso presidente, vai ler um pronunciamento à nação brasileira, pronunciamento que justifica a nossa aliança, os pontos fundamentais, programáticos – porque o nosso partido é programático. Nós não temos conveniências, senhora presidente, nós temos convicções. Nós defendemos as nossas convicções que vem dentro da nossa alma e a senhora se identifica totalmente conosco e nós com a senhora porque estamos olhando os mais humildes, aqueles que não têm a verba, mas têm o verbo. São aqueles que precisam se pronunciar e é com eles que nós estamos construindo essa realidade.

Na missão que a senhora me delegou eu estou percorrendo o Brasil inteiro – já foram 20 estados na Caravana da Simplificação – levando a sua mensagem. Eu tenho certeza, senhora presidenta, que tudo isso que está sendo semeado nós vamos colher juntos.

Eu vejo, inclusive, o entusiasmo das mulheres empreendedoras que têm na senhora um paradigma de mulher lutadora – aquela das três jornadas e que ainda sustentam uma família. E quando ofensas foram dirigidas à senhora o povo brasileiro repudiou. A senhora pode estar certa que a solidariedade da nação é muito grande, porque a nação foi ofendida e as mulheres se revoltaram com essa posição.

Portanto, senhora presidenta, quem quis atacar errou, quem quis atacar nos fortaleceu e nós estamos juntos já há muito tempo. Hoje é só a formalização. Há muito tempo nós estamos juntos nessa convicção.

Dia e noite converso com o Gilberto (Kassab) a respeito do nosso projeto. Fomos tentados de todas as formas: um dia uma jornalista me falou “quando é que vocês vão trair a presidente?”.

Eu respondi: nós temos caráter, e a pessoa me falou “mas isso não existe em política”.

Eu falei: você vai quebrar a cara, nós temos caráter sim e por ter caráter, por ter convicção nós estamos aqui fechados com a senhora. E o Gilberto logo mais vai fazer um pronunciamento onde nós vamos nos identificar nessa aliança de convicção. Mais do que nunca presidente, eu tenho uma certeza: juntos chegaremos lá.

Convenção Nacional do PSD – Brasília 25 de junho de 2014

Ouça o discurso

 

 

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