Para empreender, idade não é documento

23 de outubro de 2014
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PARANÁ – O casal Maria Aparecida, 57, e Oscar Conchon, 59, decidiu empreender na maturidade. Sócios na vida e nos negócios, eles comemoram 37 anos de união e cinco anos como empresários – eles são donos de uma loja de materiais de construção. Pisos, pias, torneiras, canos, tintas estão disponíveis nas prateleiras, ao lado da parede com o anúncio dos shows da dupla Roco e Diego, filhos do casal. É neste ambiente que eles passam todos os dias trabalhando, ou melhor, fazendo o que gostam.

Oscar era representante comercial e viajava bastante até que se cansou da rotina. Antes de ser empresária, Maria Aparecida era dona de casa. Com vontade de sobra e sem medo de empreender, eles decidiram viabilizar o sonho do próprio negócio. “Por já termos noção de negócio (uma loja que tiveram antes de Oscar se tornar representante) e em conversa com amigos, decidimos investir neste sonho”, diz Maria.

Todos os dias, o casal abre o depósito às 7h30, inclusive aos sábados, quando a loja funciona até as 16 horas e aos domingos e feriados até meio-dia. “Quando entramos em horário de verão, ficamos abertos até mais tarde”, acrescenta Oscar. E a esposa emenda. “Procuramos oferecer um diferencial aos clientes. De domingo, temos que pedir para que o cliente espere enquanto atendemos outro, de tanto movimento”, diz.

O casal também pensa em inovação. Daqui a três meses, eles devem inaugurar um site do depósito, que será um canal de vendas online, sendo que as entregas serão feitas até as 22 horas. A divulgação será feita principalmente pelo Facebook. “A ideia foi nossa”, conta Oscar. Eles também estudam as estratégias: preocupados se o investimento que fazem em mídia vale a pena, o casal lançou até um sorteio pela rádio. A proposta foi que clientes ligassem para concorrer a uma torneira elétrica e, naquele dia, foram mais de 300 ligações.

Questionados sobre aposentadoria, Oscar conta que visitou o INSS para verificar a situação. Ele precisaria de mais 17 anos e ela de mais 15 anos de carteira assinada para se aposentarem por tempo de serviço. Esse foi mais um motivo para que o casal decidisse ter o negócio próprio. “Pensei: vamos precisar de um negócio que dê dinheiro, para que estejamos confortáveis futuramente”, diz Oscar.

Ele acredita que ficar sem trabalhar seja sinônimo também de perda de saúde. “Meu pai, que tem 85 anos, tem Alzheimer, está acamado. Ele era funcionário público e desde que se aposentou parou de trabalhar. Acredito que se ele tivesse se mantido ativo, sua condição poderia ser diferente hoje”, conta Oscar. E Maria explica que o trabalho como empresária lhe renovou as energias. “Esse negócio de ficar fazendo crochê não é comigo”, diz antes de acrescentar que gosta do contato com o público.

Fonte: Odiario.com

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