MPE é a base da economia sorocabana

8 de janeiro de 2014
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SÃO PAULO – As micro e pequenas empresas (MPEs) representam hoje a maior base da economia de Sorocaba. De acordo com dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), o município conta atualmente com 61.427 empresas ativas. Deste total, 51.901 são MPEs, o que representa 84,4% dos estabelecimentos. Somente as microempresas, que são aquelas com até nove funcionários e faturamento anual de até R$ 240 mil, correspondem a 77,3% das empresas ativas do município (47.514).

O setor do comércio é o que mais concentra os pequenos negócios. Com base nos dados da Jucesp, mais da metade das microempresas em atividade em Sorocaba (25.913) atuam dentro deste segmento. Do total de estabelecimentos comerciais ativos no município, que somam 32.434 pontos, as microempresas representam 80%. O setor de serviços é outro segmento da economia local dominado pelos microempresários. Das 17.951 empresas que atuam dentro dessa área no município, 13.843 estão dentro do perfil da microempresa, o que corresponde a 84,2%.

De acordo com levantamento do escritório regional do Serviço de Sebrae em Sorocaba, nas 28 cidades da sua área de competência funcionam atualmente 88.737 micro e pequenas empresas. Destas, 54% atuam na área do comércio, 34% na de serviços, 15,6% na agropecuária e 12% na indústria.

O gerente regional do Sebrae, Carlos Alberto de Freitas, afirma as micro e pequenas empresas respondem hoje por cerca de 67% dos empregos formais oferecidos no mercado. “O número de empresas deste porte vêm crescendo a cada ano e a expectativa é que essa tendência permaneça aumentando ainda mais a participação delas na economia e na geração de empregos”, conforme o gerente do Sebrae.

Espaço para crescer 

Apesar de toda essa representatividade, Freitas diz que em termos de ganhos, o pequenos negócios ainda têm muito a crescer. Ele cita levantamento do Sebrae, em que as micro e pequenas empresas representam 20% do Produto Interno Bruto (PIB). “A meta é que essa participação chegue a 40% do PIB”, estima. Para isso, o gerente regional afirma que é preciso que elas se tornem mais competitivas e tenham como meta galgar patamares mais altos.

O caminho para esse aperfeiçoamento, orienta Freitas, está no maior investimento em tecnologia e mão de obra especializada. “É preciso que o empreendedor esteja preparado não apenas para competir no mercado interno, mas também vislumbrar as oportunidade que se abrem fora do Brasil”. Ele cita que, atualmente, menos de 2% das micro e pequenas exportam seus produtos.

O gerente do Sebrae reconhece, no entanto, que já houve um grande avanço na consolidação desse perfil empresarial. Prova disso, afirma ele, é a aumento da longevidade dos negócios. Há dez anos, 46% das micro e pequenas empresas que se lançavam no mercado fechavam antes de completar dois anos. Atualmente, Carlos Freitas disse que esse índice caiu para 27%. Na sua avaliação, essa redução de falências precoces é um sinal de que os empreendedores aprenderam a planejar melhor e a estudar mais o mercado, o que os torna menos suscetíveis. “A empresa tem que estar preparada para enfrentar os revezes e as oscilações do mercado e para isso é fundamental o planejamento e a análise do cenário econômico”.

Fonte: Cruzeiro do Sul

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