MEI potiguar cria o “Dr. Castanha”

15 de janeiro de 2014
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RIO GRANDE DO NORTE – Além de ter propriedades nutricionais que formam um verdadeiro escudo contra doenças, a castanha de caju é também responsável pelo sucesso do Microempreendedor Individual (MEI) potiguar Inaldo Lucas de Farias, que fez do comércio das amêndoas um atrativo para quem visita o maior cajueiro do mundo, ponto turístico da Praia de Pirangi, no Litoral Sul do Rio Grande do Norte. O empreendedor criou o personagem Dr. Castanha e, com bom humor e irreverência, destaca os benefícios do produto para a saúde e chega a vender até uma tonelada de castanha por mês em períodos de alta estação e veraneio.

O método do Dr. Castanha é infalível. Vestido de bata branca, acessórios extravagantes e munido de megafone, o vendedor direciona olhares atentos para a sua banca, montada nas proximidades do cajueiro de Pirangi. “Busco no humor a forma de agradar e conquistar os meus clientes. Troco energia com as pessoas, o que me proporciona alegria. E isso contagia!”, enfatiza Inaldo Lucas, explicando como se tornou uma sumidade entre os milhares de turistas que visitam a praia, distante apenas 12 quilômetros de Natal.

O empreendedor sempre comercializou castanhas. Natural da cidade de João Câmara (localizada a 75 quilômetros da capital potiguar), ele decidiu ganhar o Brasil vendendo o produto. Em 2002, instalou-se em várias cidades de Pernambuco para comercializar as castanhas e depois partiu para São Paulo. Somente em 2008, voltou ao Rio Grande do Norte. O fluxo de visitantes em praias turísticas, como Jenipabu e Pipa, lançou um desafio: como se diferenciar para atrair fregueses. Se vestir de um super-herói foi a saída. Durante o dia, o ambulante se vestia de homem-aranha.

Mas, ao assistir em um programa de tevê um nutricionista revelar todos os benefícios da castanha, ele ficou impressionado com o poder do produto que vendia. A amêndoa do caju possui proteínas, carboidratos, amido, açúcares, potássio, magnésio, cálcio, selênio, ferro, zinco e outras substâncias que fazem bem ao organismo. O empreendedor percebeu que precisava criar um personagem original que transmitisse o valor da castanha para a saúde. Assim, surgiu o Dr. Castanha. Também era necessário local apropriado para a comercialização. E nada mais natural e adequado que o maior cajueiro existente no planeta, o de Pirangi, cuja área ocupada por essa única árvore é superior a um campo de futebol. Em novembro de 2011, o Dr Castanha chegava ao local para ficar.

Após meses de comercialização, Inaldo Lucas participou de uma palestra sobre as oportunidades proporcionadas pela realização dos jogos da Copa do Mundo da FIFA 2014 em Natal e decidiu se formalizar. Há seis meses, procurou o Sebrae no Rio Grande Norte e abriu uma empresa como Microempreendedor Individual (MEI). O passo seguinte foi registrar a marca e criar um site para vendas pela internet (www.drcastanha.com.br).

A formalização só trouxe benefícios para o empreendedor. “Meu personagem pegou forma e minhas vendas praticamente triplicaram”. Atualmente, a média de comercialização mensal é de 500 quilos de castanha, porém, entre os meses de dezembro e fevereiro, o comerciante chega a negociar entre 700 quilos e uma tonelada de castanha devido ao aumento do número de visitantes no local. Via web, os pedidos também já começam a chegar, vindos de São Paulo e Paraná. Negócio que gera um faturamento bruto de até R$ 7 mil por mês. Tanto que o Dr. Castanha já pensa em se tornar microempresa no próximo ano.

Entre os planos, estão a contratação de um funcionário com carteira assinada e a aquisição de uma loja física para o negócio, na feirinha que fica ao lado da atração turística. “Tenho uma fórmula para o sucesso. Reinvestir parte do que faturo no negócio”, ensina.

Fonte: Sebrae

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