Investidor-anjo é mercado incipiente no Brasil

8 de setembro de 2014
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O mercado de investidores-anjo ainda está começando no Brasil. Estima-se que o número esteja entre 2,5 mil a 5 mil, enquanto que nos EUA eles já são cerca de 5 milhões. No entanto, muitos empreendedores ainda não sabem ao certo quem é essa figura.

Os investidores-anjo são pessoas físicas que investem uma parcela de seu capital disponível em empreendimentos start-up em troca de uma participação acionária preferencial, para promover a valorização do mesmo e sua venda para realização do seu retorno. Por investirem em um estágio do negócio em que o risco é muito elevado, os anjos assumem geralmente uma participação minoritária. O que o diferencia de outros investidores individuais é que ele investe apenas em oportunidades em um raio de até 200 quilômetros de sua residência, para participar ativamente da gestão do negócio junto com o empreendedor, fazendo uso de sua expertise técnica e experiência profissional e empresarial, e alavanca sua rede de relacionamentos para contribuir com o deslanche e o crescimento inicial do empreendimento.

Além de desconhecimento, também existe muito ruído a respeito da figura do investidor-anjo. O Comitê de Investimento em Inovação da Fiesp fez uma pesquisa com vinte empreendedores onde perguntaram qual personagem do cinema ou dos quadrinhos melhor representava a figura desse investidor. A resposta foi Darth Vader. “Esse resultado demonstra uma visão equivocada. O investidor está lá para ajudá-lo, é fundamental vê-lo como um aliado”, diz Bruno Ghizoni da Fiesp.

Mas é preciso cuidado na hora de escolher um investidor-anjo. Ainda existem muitos casos de relações entre empreendedores e investidores que acabaram muito mal. Os motivos são diversos: desde investidores claramente mal-intencionados, que ficam com a maior parte do equity da empresa e transformam o empreendedor em empregado de luxo, até investidores-anjo recém formados em administração ou consultorias sem quase nada de interessante para oferecer ao empreendedor, além de um aporte bem modesto. Na dúvida, faça uma pesquisa de histórico, cheque múltiplas referências e converse com empreendedores que já tiveram um aporte do mesmo investidor, obtendo feedback honesto sobre sua relação de longo prazo.

Fontes: Pequenas Empresas Grandes Negócios, Exame e Estadão PME

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