Ilhéus se destaca na formalização

3 de fevereiro de 2014
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BAHIA – Há seis meses, a estudante de Administração, Kalila dos Santos Brito, resolveu se formalizar como Microempreendedora Individual (MEI). Abriu um Café Expresso no Centro Histórico de Ilhéus e passou a comercializar bolos, tortas e cupcakes de cacau e de banana. O Kalila Café é uma ideia que alia o talento natural da empresária para a culinária e a capacitação técnica, conquistada por meio de diversos cursos, como Atendimento ao Cliente, Treinamento Gerencial Básico e Oficinas SEI, promovidos pelo Sebrae.

“Buscar a formalização foi uma decisão importante na minha vida”, reconhece a empreendedora. A legalização trouxe a possibilidade de incrementar o negócio no setor de venda de alimentos. Usando matéria-prima local, como os nibs de cacau (amêndoas granuladas), hoje o cupcake é o produto mais vendido para o consumo na própria loja. A torta de cacau é a que mais recebe pedidos de encomenda.

A empresária também negocia salgados e pães. Tudo na loja é assado, nada frito. Há ainda produtos naturais, como o bolo integral de banana, sem lactose e sem açúcar, e pães sem glúten, feitos com farinha de arroz, uma das mais recentes novidades da casa. A decoração da loja também é uma atração à parte, que mistura o contemporâneo e o passado das histórias das fazendas de cacau da região.

As irmãs Urânia e Suzana Barral são frequentadoras assíduas do Kalila Café. Elas garantem que não são apenas os produtos de excelente qualidade que as atraem ao empreendimento. “É claro que é muito bom encontrar produtos de linhas lights que são gostosos. Mas, o espaço é também um reencontro com a história da região”, elogia Urânia.

O Kalila Café está entre as 2.028 empresas formalizadas em Ilhéus no ano passado, segundo registro da Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb). Número que posiciona o município, de acordo com o Balcão do Empreendedor, entre as 12 regiões administrativas do estado que mais se destacaram na constituição de empresas na Bahia.

Para o analista do Sebrae, José Carlos Santos Oliveira, a implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e a consequente criação do Balcão do Empreendedor no município, além de uma parceria entre o governo e o Sebrae, garantiram um suporte burocrático e operacional às micro e pequenas empresas, que não têm tantos recursos para competir com as grandes companhias. E isso estimulou a demanda. Em 2013, a parceria resultou em cinco mil atendimentos, incluindo instruções sobre documentação, direcionamento de mercado e também um trabalho de consultoria.

Potencial

O secretário municipal de Indústria e Comércio, Carlos Machado, destaca que a preocupação do município não está apenas na abertura de novas empresas e na formalização de novos empreendedores. É preciso criar condições para que essas ideias permaneçam ativas, gerem bons negócios e se consolidem. “Tanto que os números mostram um incremento na quantidade de empresas registradas e formalizadas, mas não quer dizer que todas essas unidades já estão na ativa, em pleno desenvolvimento. Indica, sim, a potencialidade do município para atração de investimentos”, reconhece.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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