Geração de vagas cresceu nas microempresas de SE

8 de julho de 2013
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SERGIPE – A geração de empregos com carteira assinada nas micro e pequenas empresas sergipanas (MPE) cresceu 112% entre os anos 2000 e 2011, o que consolida o setor como o maior empregador do Estado. No período, o número de postos de trabalho passou de 50,3 mil para 106,7 mil, correspondendo a 52% da mão de obra assalariada. As informações constam no Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa, elaborado pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical  de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O crescimento dos empregos nas MPE sergipanas superou, inclusive, a média nacional, que foi de 81%. Em todo o país foram criadas sete milhões de vagas, elevando o patamar de postos de trabalho nessas empresas para a marca de 15,6 milhões.

A geração de novos empregos também foi acompanhada de outro fator bastante positivo: a elevação dos salários. A remuneração real dos empregados formais nas micro e pequenas empresas passou de R$623, em 2000, para R$ 886, em 2011, o que mostra uma aumento médio de 3,3% ao ano. Este resultado foi superior tanto ao crescimento da renda média real de todos os trabalhadores do mercado formal em Sergipe (2,8 % ao ano), quanto daqueles alocados nas médias e grandes empresas (2,4% ao ano).

“Esses números revelam a importância das micro e pequenas empresas para a economia sergipana. Eles servem também para mostrar que a elaboração de políticas públicas que favoreça ao setor contribui diretamente para a obtenção de bons resultados. A regulamentação da Lei Geral das MPE e a criação da figura do microempreendedor individual foram fundamentais nesse processo”, destaca o superintendente do Sebrae em Sergipe, Lauro Vasconcelos.
O Anuário do Trabalho também revelou que o número de MPEs em Sergipe entre 2000 e 2011 passou de 20,2 mil para 32,4 mil, um crescimento médio de 4,4% ao ano. As MPEs também respondem por 38,2% da massa de salários paga aos trabalhadores. De cada R$ 100 destinados aos trabalhadores no setor privado não agrícola, cerca de R$ 38, em média, foram pagos por micro e pequenas empresas.

Setores

Em relação aos setores de atividade que mais abrigam as MPE, o Comércio manteve-se como a atividade com maior número, ao responder por mais da metade do total. No entanto, a participação relativa do comércio caiu de 57,8% ,em 2000, para 54,8% do total das micro e pequenas empresas em 2011. Naquele ano havia 17,8 mil MPE no segmento.

Por sua vez, o setor de Serviços não apenas se manteve como o segundo setor mais expressivo em número de MPE, como teve sua participação elevada de 26,4% para 29,2% do total. A indústria apresentou ligeira elevação na sua participação relativa, saindo de 9,9% do total das MPEs em 2000 para 10,1% em 2011.

A pesquisa mostrou ainda que o número de pessoas que trabalhavam por conta própria e de empregadores passou de 221 mil para 282,7 mil pessoas em 12 anos. No período, os homens predominaram entre os empregadores e indivíduos que trabalham por conta própria, embora a participação das mulheres tenha se elevado. Entre os empregadores, a proporção de mulheres passou de 20,3% para 19,5%, No mesmo período, entre os trabalhadores por conta própria, a proporção de mulheres passou de 32,4% para 35,8%.

O Anuário do Trabalho tem base em diferentes fontes de informação. O objetivo é reunir um conjunto de dados sobre o perfil e a dinâmica do segmento dos pequenos negócios. A pesquisa utiliza informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego, da Pesquisa Nacional por Amostra de Dominícios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Dieese e da Fundação Seade.

Fonte: Ascom Sebrae

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