Vendedor de sanduíche cria franquia de lanche saudável

8 de outubro de 2014
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RIO DE JANEIRO – Em setembro de 2006, Raphael Krás, na época com 19 anos, era um recém-formado do ensino médio, que não trabalhava e recebia dinheiro dos pais. Ao entrar na faculdade de comunicação e ter sua mesada cortada, o carioca foi surpreendido pela avó, que lhe emprestou R$ 50. A ideia dela era que Raphael começasse seu primeiro negócio com o incentivo. E foi exatamente isso que ele fez.

O dinheiro deu início ao Hareburguer. Hoje, os lanches saudáveis da marca – todos feitos com carne de soja e pão integral – são populares no Rio de Janeiro. Por meio da adesão ao sistema de franquias, a marca dá o primeiro passo rumo à expansão.

Mas antes do Hareburguer se tornar uma lanchonete popular do Centro do Rio de Janeiro e ter sua primeira unidade franqueada, Raphael usou o dinheiro da avó para comprar uma caixa de isopor e os ingredientes para fazer os primeiros hambúrgueres e foi vendê-los aos banhistas de Ipanema. “Em 2006, eu percebi um movimento no Rio em busca por uma alimentação mais saudável nas praias, o que na época você não encontrava. Notando isso, resolvi juntar no meu negócio às duas coisas que eu mais gostava na vida: praia e comida”, afirma.

Através do boca a boca, os hambúrgueres de Raphael foram ficando famosos na praia de Ipanema. “Prezei pela relação com meu cliente. Para cada um, eu explicava com carinho a ideia, que tem como objetivo apresentar às pessoas um modo de vida mais saudável, e sempre de uma maneira divertida”, diz.

Com o passar do tempo, o carioca foi aperfeiçoando a receita e melhorando o cardápio, deixando-o mais gourmet. “Os hambúrgueres não perderam o conceito original, mas outros ingredientes foram incluídos, como shitakes, tomates secos, rúcula, castanhas de caju, dentre outros”, afirma Raphael, que na época vendia cada unidade por R$ 7,00. “Em dias bons, conseguia vender entre 150 e 200 hambúrgueres”.

Por cinco anos, Raphael trabalhou em Ipanema. Em 2011, com dinheiro economizado da venda na praia e a ajuda de dois amigos que se tornaram sócios no negócio, o carioca abriu a primeira unidade do Hareburguer na região do Arpoador. “Na época, gastamos R$ 140 mil para abrir a lanchonete”, diz.

Para expandir o horário de funcionamento da lanchonete e implantar o delivery, Raphael transferiu a Hareburguer para o Centro do Rio de Janeiro no início deste ano. “Com uma cozinha industrial e tamanho suficiente para ser um centro de distribuição dos produtos, o novo local já foi montado para se tornar uma franquia”, afirma.

No mês de outubro, a primeira unidade franqueada da Hareburguer será aberta em Ipanema. A meta de Raphael é que, até o fim do próximo ano, existam outras cinco unidades no Rio de Janeiro.

Hoje, o investimento inicial para uma franquia do Hareburguer custa R$ 200 mil, com retorno do capital entre 24 e 30 meses. O faturamento pode chegar a R$ 100 mil por mês e o tíquete médio dos hambúrgueres saltou para R$ 20.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

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