Empreendedor fatura com fábrica de “food trucks”

10 de setembro de 2014
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SÃO PAULO – Antes dos food trucks, comida sobre rodas no país era sinônimo de cachorro quente barato. Agora, chefs já investem em versões de seus estebelecimentos sobre rodas. Em junho desse ano, a prefeitura de São Paulo divulgou uma lista com mais de 700 pontos autorizados para a comercialização de comida de rua na cidade.

Ter um food truck virou também uma opção para empreendedores que não têm capital suficiente para abrir um restaurante e uma oportunidade para quem fabrica os carros. A Bumerangue Reboques, especializada em adaptar trailers, kombis e outros veículos para negócios sobre rodas, tem hoje cinco meses de espera para fazer um food truck.

A empresa foi fundada em 1987, na capital paulista, e Celso de Oliveira, 40 anos, comanda o negócio com o irmão, Evandro. Ele também atua como vice-presidente da Associação Paulistana de Comida de Rua. Oliveira já produzia os veículos sobre demanda e customizados antes da onda dos foos trucks. “Eu já fazia alguns veículos para algumas marcas que faziam ações promocionais como Ambev, Pepsico, e eram bem personalizados”, explica.

Antes da lei que mudou as regras da venda de comida de rua, em média, ele entregava seis veículos por mês. Hoje, já aumentou para nove e até o final desse ano, o empresário quer dobrar a produção. Com uma equipe de 18 pessoas, ele teve que contratar mais gente por conta do aumento dos pedidos. “Desde o projeto de lei, a demanda já tinha começado a crescer. De dezembro para cá, os pedidos aumentaram 150%”, conta.

Para customizar um veículo, o preço varia de 40 mil a 320 mil reais. O valor depende do tipo do veículo e se necessitará de uma cozinha industrial ou não. “São até 50 itens que compõem o orçamento do carro”, explica Oliveira. As adaptações podem levar de uma semana a três meses, dependendo das exigências.

Oliveira conta que os primeiros projetos eram mais customizados, e hoje a linha de produção está mais padronizada. “Para aumentar a produtividade, ter peças no estoque ajuda na padronização”, diz Oliveira. Apesar do crescimento, o empresário acredita que há um período de euforia que deve se estender nos próximos anos. A Bumerangue atende clientes de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Fonte: Exame

 

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