Cresce a vontade de empreender em favelas

3 de março de 2015
Tamanho da fonte Zoom in Regular Zoom out

microempresa_favelaPesquisa promovida pelo Data Favela, feita com o apoio do Data Popular e da Central Única das Favelas, mostra que quatro em cada dez moradores de favela desejam ser donos do próprio negócio. Além disso, 55% pretendem abrir um empreendimento em até três anos. Os dados confirmam que os moradores das comunidades têm mais vontade de empreender do que a população em geral, visto que no Brasil, 23% das pessoas querem investir em negócios próprios.

O levantamento apontou ainda, que os moradores de favelas movimentam R$ 68,6 bilhões por ano. Em 2013, essa população movimentou R$ 63,2 bilhões. O estudo mostra ainda que o aumento da renda média, proporcionado principalmente pelo crescimento real do salário mínimo e do emprego formal, permite que os 12,3 milhões de moradores das comunidades participem do mercado de consumo.

Produzido em fevereiro deste ano, o levantamento ouviu duas mil pessoas de 63 favelas, em dez regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. O texto será apresentado no 2º Fórum Nova Favela Brasileira, que ocorre nesta semana em São Paulo.

Entre os moradores que pretendem ter o próprio negócio, 63% querem empreender dentro da favela onde vivem. Já 19% têm a intenção de empreender em um bairro próximo, e 15% querem o negócio fora da comunidade, em um bairro mais longe. Em 2013, 59% tinham vontade de empreender. A maioria dos que querem abrir o próprio negócio (35%) pensam em atuar com alimentação.

A pesquisa também traça o perfil dos futuros empreendedores das favelas brasileiras e revela que a maioria (56%) pertence à da classe C, 38% são da classe baixa e 7% da classe alta. Boa parte dos futuros empreendedores tem mais de 25 anos e é casada (51%), 49% são homens, 51% são mulheres e a maioria (73%) é negra ou parda.

Além disso, os dados mostra, que a fatia de moradores com carro subiu de 20% para 24% em dois anos, e de 13% para 14% com motos.

Fonte: O Dia e DCI

Deixe um comentário!