Diário de Bordo RSS

Índio não quer apito. Índio quer empresa.

12-12-2014

AMAZONAS – O auxiliar de serviços gerais Andson Belizário Juvito, de 24 anos, mora na comunidade indígena Umariaçu II e sonha um dia ser empresário do ramo de transporte. Para ele, o caminho é longo e as dificuldades são inúmeras, a começar pelo seu dia-a-dia. Sua jornada diária de trabalho começa nas primeiras horas da manhã por estrada de barro até chegar, cerca de uma hora depois (se for caminhando), em seu local de trabalho na zona urbana de Tabatinga (a 1.108 quilômetros de Manaus) para mais um dia de serviços de limpeza e manutenção de uma unidade militar da Aeronáutica.

Umariaçu é uma comunidade indígena da etnia Ticuna, localizada nos arredores de Tabatinga. E Andson Juvito, que já tem esposa e uma filha, é um dos empreendedores indígenas que a pesar dos entraves do cotidiano em viver longe das áreas urbanas decidiu participar das atividades da 2ª Semana Internacional do Empreendedor, evento que acontece de 3 a 8 deste mês, na região conhecida como tríplice fronteira Brasil-Peru-Colômbia.

“Tenho minha própria família, a responsabilidade é grande; tenho um emprego de serviços gerais. Mas quero um dia ter uma empresa de transporte e serviços de motocicletas, virar empresário”, almeja o empreendedor, que participa do curso Atendimento ao Cliente, ministrado no Sebrae de Tabatinga.

Ele relata que outros membros de sua etnia têm interesse em saber como se tornar empresários e buscar outras oportunidades fora da aldeia, mas o acesso é difícil e faltam condições financeiras e estruturais para ter acesso às oportunidades da zona urbana de Tabatinga, onde a atividade de comércio e serviços é intensa, em função de o município ser território contínuo com Letícia, cidade que fica do lado colombiano.

A Semana Internacional é uma iniciativa do Sebrae em parceria com Servicio Nacional de Aprendizaje (Sena), órgão colombiano que atua na qualificação profissional de jovens e apoio a pequenos empreendedores. O evento tem por objetivo fomentar o empreendedorismo e promover capacitação empresarial para microempresários brasileiros ou colombianos e para quem deseja ter o próprio negócio. Peruanos e indígenas das etnias Ticuna, Matis, Kokama e Cambeba também são beneficiados pela ação, pois a região permite acesso por terra ou rio de forma rápida e sem barreira alfandegárias ou geográficas. Os cursos, palestras, oficinas e orientação empresarial ocorrem em Tabatinga e Letícia.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

Bolsas de tecido para crianças fazem sucesso

13-10-2014

AMAZONAS – Quando a empresária Mônica Abreu e o marido Luiz Abreu decidiram, há dois anos, abrir um quiosque em um shopping de Manaus para vender bolsas, mochilas e outros itens feitos de tecido, a intenção era atingir todas as faixas etárias. Mas foram as crianças que se tornaram os principais “clientes” do casal. O colorido chama a atenção e atrai o interesse dos mais novos aos mais velhos para peças como carteiras, estojos para lápis de cor e faixas para cabelo.

“Minha história de amor com os tecidos começou há dez anos, quando li uma reportagem sobre bolsas artesanais. Comentei com uma vizinha que é costureira e ela se propôs a me dar aulas de costura uma vez por semana. As vendas começaram quando fui levar minha filha ao cinema com umas amiguinhas e elas perguntaram onde eu tinha comprado a bolsa. Em um mês eu vendi umas 40 bolsas”, lembra Mônica.

Ela conta que o sucesso foi uma surpresa e em poucos meses, o marido e as filhas Jéssica e Bruna estavam envolvidas na produção artesanal que se tornou um negócio de família.

“Trabalhávamos só com encomendas e depois houve a necessidade de ter produtos à pronta entrega, já que muitas pessoas me ligavam querendo para dar de presente. Foi aí que decidi transformar um dos escritórios da minha casa em uma lojinha e contratei duas costureiras”, destaca.

Foi quando o marido sugeriu que Mônica abrisse o primeiro quiosque. Hoje, com dois quiosques em shoppings de Manaus e mais de 80 produtos ela diz acreditar que o sucesso se deve à estamparia, a preços acessíveis e ao atendimento. “Nesse processo, o público infanto-juvenil é o nosso termômetro. Eles são sinceros, leais e sabem exatamente o que querem”, afirma.

O próximo passo da família Abreu é abrir mais um quiosque e iniciar as vendas pela internet. A meta é ter franquias espalhadas em todo o País.

Fonte: A Crítica

Primeiro teste da nova proteção às pequenas empresas

24-09-2014

Jovem empresário faz sucesso com brownies

09-09-2014

AMAPÁ – Em abril de 2013, o jovem Johnantan Leite, de 23 anos, decidiu aprender a fazer brownies para juntar dinheiro e pagar as mensalidades da faculdade de arquitetura e urbanismo. Ele tinha pouco mais de R$ 50 no bolso e uma ideia que surgiu enquanto assistia a um programa de culinária na TV. O sucesso de vendas foi tanto que Johnantan criou a marca Brownie do Joe. Em menos de um ano, ele aumentou a produção de 24 para até 300 doces por dia – feitos no ateliê construído em sua própria casa, no bairro Santa Rita, Zona Sul de Macapá.

“Quando comecei a vender para os meus colegas eu tinha apenas a intenção de pagar a minha faculdade e guardar um dinheirinho, mas aí começaram a surgir mais encomendas, até chegar ao ponto em que precisei contratar funcionários”, conta o rapaz, que trabalhava como assistente de eventos em um hotel na capital. Ele diz que recebia um salário mínimo por mês.

Um dos diferenciais do Brownie do Joe é a utilização de produtos típicos da Amazônia, o que facilitou as vendas no comércio local. Johnantan produz 12 sabores diferentes de brownie: de regionais, como cupuaçu e maracujá, a mais tradicionais, como brigadeiro e coco. Cada brownie é vendido a R$ 5.

Hoje, Johnantan prefere não revelar quanto fatura com o negócio, que atualmente conta com quatro funcionários. Ele fornece o doce para sete revendedoras em Macapá.

“Depois de um mês, eu chamei minha tia para me ajudar na produção e logo precisei de mais colaboradores. Quando percebi, já havia montado uma pequena linha de produção. Vou expandir, mas aos poucos. Comecei com quatro sabores e uma baixa produção, hoje estou bem melhor”, conta Johnantan, que pretende exercer a profissão de arquiteto após se formar e conciliar com o dia a dia do empreendimento atual.

Fonte: G1
Foto: Dyepeson Martins/G1

Empresa de moda fitness começou no Instagram

06-08-2014

AMAZONAS – A jovem empresária Dheilly Ribeiro apostou no Instagram para conseguir um dinheiro extra vendendo roupas femininas. Hoje, com apenas 19 anos, ela já tem uma loja no bairro Parque Dez de Novembro, em Manaus, e fatura cerca de R$ 15 mil por mês.

“Não gasto isso tudo não, fico com uns R$ 3 mil ou R$ 4 mil por mês, o restante uso para renovar o estoque e investir na loja. Meu plano é crescer cada vez mais”, conta a jovem.

Tudo começou em agosto do ano passado, quando Dheilly começou a vender roupas para o público jovem feminino na rede social. Na época, o dinheiro ajudava a pagar as prestações do carro e da faculdade de administração. Pelo Instagram, as seguidoras começaram a pedir mais
moda fitness, as famosas roupas para academia.  Foi quando a vendedora decidiu focar apenas neste estilo e começou a crescer.

Mesmo com a loja Espaço Moda Fitness (que fica no Centro Comercial Mindu Center), Dheilly não abandonou o Instagram (@espacomodafitness). “Foi onde tudo começou. Não posso
abandonar. É uma vitrine. Todos os dias eu dou uma opção de look e as pessoas gostam. Estreita nosso laço com o cliente”.

Fonte: A Crítica

Uma doce maneira de empreender

01-08-2014

AMAZONAS – Com apenas 21 anos, duas jovens de Manaus encontraram no empreendedorismo a solução para ganhar dinheiro antes de terminarem a faculdade. Estudante de Odontologia, Brenda Cristina Andrade ganha hoje cerca de R$ 4 mil por mês com a venda de brigadeiros e brownies pelo Instagram. O dinheiro vai todo para bancar a mensalidade do curso particular e os materiais odontológicos usados nas aulas. “Minha mãe pagou os primeiros três meses da faculdade, mas esta despesa começou a pesar muito no orçamento da casa. Como o curso é integral, eu não tinha como trabalhar para ajudar a pagar. Então tivemos a ideia de vender alguma coisa para arrecadar dinheiro e escolhemos o brigadeiro”, explica.

A estudante Juliana Freitas, da mesma idade, também queria ganhar dinheiro sem prejudicar os estudos, mas não para pagar a faculdade e sim para viajar para Londres no final do ano. Como cursa Biologia na Universidade Federal da Ufam, não tem gastos com o curso, mas também não tem tempo para conseguir um trabalho fixo neste período da vida. Então também começou a vender brigadeiros na hora da saída do colégio La Salle, e na faculdade. No primeiro mês, conseguiu lucrar R$ 1.600 e pretende aumentar as vendas em julho.

Apesar do sucesso, elas advertem que não é fácil empreender e enfatizam que é preciso abdicar de muitas coisas difíceis, ainda mais nesta idade. “Eu não tenho vida social. Sinto muita falta de sair com minhas amigas, de ir ao cinema, planejar viagens. Mas não posso mais fazer isso. Como estudo de manhã e de tarde, uso todo meu tempo livre para fazer brigadeiros”, relata Branda. Mas o esforço compensa.  “Estou otimista, sei que vou conseguir alcançar meu objetivo”, afirma Juliana.

Fonte: A Crítica

A mãe que é fera no empreendedorismo

12-05-2014

AMAZONAS – Mãe em tempo integral desde os 17 anos, a empresária Mônica Abreu resolveu aprender a costurar assessórios como hobby, confeccionando artigos para ela e para as duas filhas, na época com 10 e 12 anos. Em 2003 ela começou a dar os primeiros passos no mundo do empreendedorismo. “Sempre gostei de atividades manuais. Aprendi a costurar com a minha vizinha, Maria José, e nunca mais parei”, diz.

Ela relata que após muitas tentativas frustradas, conseguiu fazer a primeira bolsa, que logo virou um sucesso entre as amigas de colégio das filhas. “Elas me viram usando e começaram a fazer encomendas. Quando menos percebi, já estava fazendo laços para o cabelo, estojos e mais uma diversidade de produtos que elas pediam”, relembra. “Confesso que, quando o negócio começou a ficar sério, deu um frio na barriga. De vez em quando eu chorava porque eu só queria cuidar das minhas filhas e da casa. Porém, ele acabou virando um novo filho e está, inclusive, me ajudando a não sentir tanta falta da minha filha mais velha, a Jéssica, que está fazendo intercâmbio no Canadá. Além disso, ele não me afastou de ninguém, minhas filhas e meu marido possuem papéis fundamentais, desde a escolha das estampas aos cálculos administrativos”.

Hoje, com um quiosque no Manauara e outro no Shopping Ponta Negra, a marca “Mônica Abreu” já produz as próprias estampas e deve virar uma franquia em breve.

Dados do Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, do Sebrae, apontam que o número de empreendedoras cresceu 21,4% entre 2003 e 2013. A região Norte foi a que mais cresceu no País, registrando um aumento de 80% durante os dez anos. Sempre listados por especialistas no assunto em palestras, entrevistas e livros, comprometimento, liderança e organização financeira são características fundamentais para quem deseja obter sucesso ao abrir um negócio. Os mesmos quesitos que podem ser facilmente atribuídos também às mães na hora de cuidar dos filhos.

Fonte: A Crítica

Amazonas tem quase 40 mil MEIs

25-03-2014

AMAZONAS – Segundo dados da Receita Federal do Brasil, até o dia 11 de março o número de cidadãos cadastrados como MEI foi de 3,8 milhões no Brasil. Destes, quase 40 mil estão no Amazonas, onde desde 2009 muitos profissionais vêm buscando a formalização para contar com benefícios como a proteção da Previdência Social.

Entre as empresas individuais no Amazonas, o comércio varejista de artigos vestuários e acessórios responde por 13%, seguido dos minimercados, mercearias e armazéns que representam 8%. Cabeleireiros correspondem a 5% do total de formalizados, seguido por lanchonetes, casas de chá, sucos e similares, com 4%.

Em relação à faixa etária, 36% dos MEIs possuem entre 31 a 40 anos e 26% têm idade entre 21 e 30 anos. Já os empreendedores com mais de 41 anos representam 36% e aqueles abaixo dos 20 anos são 1,1%.

Mais da metade dos empreendedores individuais do Amazonas possuem estabelecimento fixo, enquanto 21,5% são ambulantes, possuem postos móveis ou vendem de porta a porta. Quase 7% funcionam pela internet.

A Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República já começou o envio dos carnês de pagamento da contribuição dos empreendedores individuais relativos ao ano de 2014, pelos Correios. A ideia é estimular a adimplência deste público para que benefícios como como auxílio-doença e aposentadoria sejam mantidos.

Fonte: D24am

“Uma empresa é como um filho”

10-03-2014

AMAZONAS – Mesmo com todos os riscos e dificuldades do mundo do empreendedorismo, o Amazonas já contabiliza 16.644.983 empreendedores.

Um deles é o empresário José Carlos Cardoso, que há 27 anos abandonou o emprego e montou a empresa de segurança contra incêndio Protenorte. Em 1985, aos 26 anos, José trabalhava como oficial do Corpo de Bombeiros. Além da insatisfação salarial, José sentia que suas possibilidades criativas não poderiam ser exploradas naquela área. Nas horas vagas, passou a prestar assessoria para empresas na área de segurança contra incêndios. “Ao longo do tempo, comecei a perceber que chegava a ganhar três vezes mais do que o meu salário da época com esses serviços”, lembra.

Desde então, José já conseguiu clientes de peso como Petrobras e Moto Honda. A primeira sala, de 4m x 2m, transformou-se em um escritório em uma área no Distrito Industrial de quatro mil metros de área construída.

“Uma empresa é como um filho, então você tem que cuidar dela durante 24h, não existe doença ou problema que te impeça de abrir a loja sempre naquele mesmo horário, a dedicação tem que ser exclusiva, você tem que trabalhar e correr atrás, porque se você deixar de atender o cliente, ele vai embora. O lado bom é o retorno positivo por parte do cliente, ter o orgulho de produzir de crescer e ver o seu trabalho colaborando de alguma forma com outras pessoas”, conclui o empreendedor.

Fonte: A Crítica

Empreendedorismo florestal em debate

20-02-2014

AMAZONAS – Um encontro para debater o empreendedorismo florestal e questões relacionadas à floresta – como manejo, produção e comercialização de seus produtos – acontece em Manaus, nesta quinta-feira.

O evento intitulado Debate de Oportunidades Florestais, é realizado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam). No encontro, estudantes de graduação, cursos técnicos e comunidade acadêmica vão refletir sobre a gestão e uso sustentável dos recursos naturais amazônicos. Também será feito o lançamento do “Concurso Jovens Empreendedores Florestais”. Apresentações sobre empreendedorismo florestal serão debatidas por profissionais que apontarão, dentre outros, os desafios do setor agroextrativista no estado do Amazonas.

O Debate de Oportunidades Florestais acontece no  auditório da Universidade Aberta  do Brasil e é aberto a todos que se interessarem.

Fonte: A Crítica